A contracepção no pós parto, durante a amamentação, é fundamental para evitar uma gravidez não desejada. Mal exista um decréscimo na quantidade mamada pelo bebé, a protecção natural contraceptiva diminui. O casal não deve tomar sozinho a decisão de iniciar a utilização de um método contraceptivo.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
MÉTODOS HORMONAIS
Contracepção oral com progesterona ou “mini-pílula”
A mini-pílula contém apenas a hormona feminina progesterona. O método, quando usado diariamente, de forma correcta, é muito eficaz durante a amamentação.
Contracepção oral combinada ou “pílula”
A contracepção oral combinada contém progesterona e estrogéneo. Recomenda-se a sua utilização apenas após terminar a amamentação exclusiva.
Implante subdérmico
O implante subdérmico consiste em seis cápsulas inseridas por baixo da pele do braço da mãe. Contém levonorgestel, uma hormona feminina. Recomenda-se a sua inserção apenas seis semanas após o parto.
MÉTODOS NÃO HORMONAIS
Preservativo
Não tem qualquer influência na amamentação, nem qualquer contra-indicação.
Diafragma
Não tem qualquer efeito sobre a amamentação. Uma vez que o útero, após o parto, está dilatado, o médico assistente da mãe deverá indicar qual a medida correcta.
Dispositivo intra-uterino (DIU)
É muito eficaz para prevenir a gravidez. As mães que amamentam poderão colocar o DIU depois do útero regressar ao tamanho e forma originais.
Conheça as possibilidades de escolha de um método anticoncepcional adequado, que permita ao casal evitar uma gravidez indesejada, num período em que os pais devem estar muito disponíveis para o seu bebé.
Os especialistas consideram que imediatamente a seguir a uma gravidez não deverá ocorrer outra. Há alguns factores condicionantes, mas não impeditivos, que estão relacionados com a ligação da mãe com o bebé acabado de nascer e da necessidade de estar disponível para o seu filho. Do ponto de vista físico, a mãe está preparada para ter outra gravidez em poucos meses. Mas do ponto de vista emocional, considera-se desejável que espere cerca de dois anos. Desta forma, é necessário que a mãe e o pai tomem precauções para não acontecer uma gravidez não desejada, alerta Rui Ribeiro, especialista em Ginecologia e Obstetrícia.
EVITAR UMA NOVA GRAVIDEZ ENQUANTO AMAMENTA
Conheça as possibilidades de escolha de um método anticoncepcional adequado, que permita ao casal evitar uma gravidez indesejada, num período em que os pais devem estar muito disponíveis para o seu bebé.
Os especialistas consideram que imediatamente a seguir a uma gravidez não deverá ocorrer outra. Há alguns factores condicionantes, mas não impeditivos, que estão relacionados com a ligação da mãe com o bebé acabado de nascer e da necessidade de estar disponível para o seu filho. Do ponto de vista físico, a mãe está preparada para ter outra gravidez em poucos meses. Mas do ponto de vista emocional, considera-se desejável que espere cerca de dois anos. Desta forma, é necessário que a mãe e o pai tomem precauções para não acontecer uma gravidez não desejada, alerta Rui Ribeiro, especialista em Ginecologia e Obstetrícia.
IMPORTÂNCIA DA FREQUÊNCIA DAS MAMADAS
Se estiver exclusivamente a amamentar a leite materno, se não tiver tido nenhuma menstruação e o bebé não tiver nascido há mais de 6 meses é provável que as hipóteses de engravidar não sejam superiores a 2%, refere o obstetra.
No entanto, a fertilidade aumenta mal o bebé deixe de ser amamentado – mais de quatro horas durante o dia e seis horas durante a noite. A fertilidade também depende de mãe para mãe dado que, por vezes, independentemente do horário de amamentação, existem mulheres que começam a ter o período menstrual nos primeiros meses de amamentação, enquanto outras – embora estejam a dar suplementos alimentares ao bebé – não entram em período fértil tão cedo, podendo ter de esperar até 24 meses depois do parto para ter o seu primeiro período menstrual. Por vezes, o primeiro período menstrual é quase só um sinal de aviso e não de fertilidade, mas o ideal é contar com ele como se fosse um verdadeiro aviso; qualquer sangramento ou mancha de sangue que dure mais que um dia deve ser considerado como um aviso de fertilidade.
Rui Ribeiro refere ainda que é importante ter em atenção que mal exista um decréscimo na quantidade mamada pelo bebé – porque foi substituída por outros alimentos – a protecção natural contraceptiva diminui e deve considerar usar outros métodos.
A contracepção durante a amamentação está indicada sempre que a mãe e o pai quiserem, pois é uma opção do casal. Pelo menos, deve ser entendida como tal, aconselha o médico.
A AMAMENTAÇÃO NÃO SUBSTITUI A CONTRACEPÇÃO
Enquanto amamenta, e se a mãe optar por amamentar, a amamentação por si só é contraceptiva. A hormona prolactina, que é responsável por estimular a lactação por parte das glândulas mamárias, faz com que não haja ovulações regulares. Não havendo ovulações, não haverá óvulos disponíveis para serem fecundados e, consequentemente, não ocorrerá gravidez. Mas nem sempre é assim. Às vezes há flutuações nos valores da prolactina e pode haver uma ovulação, mesmo ocorrendo amamentação regular. Esta situação pode resultar numa gravidez não desejada. Desta forma, defende o obstetra, é conveniente que a mãe faça algum tipo de contracepção a seguir ao parto, enquanto amamenta.
A CONTRACEPÇÃO DEVE SER ADEQUADA A CADA CASAL
É fundamental haver uma contracepção correcta. Mas o casal não deve tomar sozinho a decisão de iniciar a utilização de um método contraceptivo. Esta decisão deve ser sempre avaliada e discutida com o médico assistente. Como refere Rui Ribeiro, durante a amamentação, o método mais comum é a contracepção com progesterona. Ao elevar os níveis de progesterona, os óvulos irão inibir a ovulação. É um método contraceptivo perfeitamente eficaz e é, de entre os métodos hormonais, o mais inócuo em termos de amamentação. Embora a hormona possa ser veiculada pelo leite, não tem factores agressivos para o recém-nascido.
OUTROS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
O preservativo é um método que pode ser usado em qualquer altura, também na amamentação. O problema do preservativo, alerta o especialista, tem a ver com a qualidade do método. Se usado correctamente, é um bom contraceptivo. No entanto, muitas vezes é usado apenas aquando da ejaculação e, assim, perde a sua eficácia como método contraceptivo. Há casais que não gostam do método, no entanto é um bom método e pode substituir qualquer método hormonal, adianta Rui Ribeiro.
O dispositivo intra-uterino (DIU) é um método que precisa de um espaço de tempo que medeie entre o parto e a aplicação do DIU. Embora possa ser usado durante a amamentação, não pode ser colocado imediatamente. O DIU é um método também eficaz, mas com forma de actuação diferente dos métodos hormonais. Para se aplicar o DIU, procedimento feito sempre pelo médico assistente, deve esperar-se pelo menos 8 semanas após o parto, para que o útero possa regressar à sua forma normal.
Texto de Maria João Sá Nunes
Com a participação de Rui Ribeiro, médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia