Alimentação

Assim que o casal descobre que está à espera de bebé mil e uma preocupações, expectativas e questões práticas se levantam. Uma alimentação equilibrada é neste momento mais importante do que nunca. Está demonstrado que mulheres com uma nutrição adequada durante a gravidez têm menos complicações e dão à luz bebés mais saudáveis.

Se está grávida não precisa de comer duas vezes mais quantidade de alimentos, mas o que come é agora duas vezes mais importante.

O corpo precisa de alimentos nutritivos para se manter saudável e fornecer ao bebé os nutrientes que ele necessita para crescer e desenvolver-se de maneira adequada. A sua dieta deve ser portanto caloricamente suficiente, o que significa que deve ingerir entre 2300 e 3000 calorias diárias. Lembrando a roda dos alimentos, 50% das calorias deverão ser provenientes dos hidratos de carbono, 15% das proteínas e 30% das gorduras (que têm mais calorias por grama).

Os alimentos devem ser repartidos, no mínimo, em cinco refeições diárias. Deve portanto comer muitas vezes mas em pequenas quantidades. Isso permite-lhe manter os níveis de açúcar no sangue mais estáveis ao longo do dia e combater as náuseas dos primeiros meses de gravidez e a azia mais frequente nos últimos.

A água é um elemento essencial beba no mínimo dois litros diários. A água ajuda a eliminar os resíduos através dos rins, melhora a obstipação frequente na gravidez e mantém-na bem hidratada.

Também as verduras e os cereais integrais melhoram o trânsito intestinal e por isso devem ser privilegiados na alimentação.

Os hidratos de carbono devem oferecer 50% do total de energia da dieta, o arroz, as massas e o pão devem constituir portanto a base da alimentação. Excepção será feita se houver indicação médica para tal, o que pode acontecer por exemplo no caso de ter diabetes gestacional.

Das proteínas fazem parte a carne, o peixe e os ovos mas também o leite e os derivados. O consumo de carne deve manter-se idêntico ao que consumia antes de engravidar, preferindo agora as carne magras. Retire sempre a gordura visível e evite as partes queimadas. O peixe deve alternar com a carne e os ovos nas refeições principais. O peixe tem tantas ou mais proteínas, vitaminas e minerais que a carne e tem a vantagem de oferecer menor aporte calórico e de gorduras. Os ovos não devem exceder 2 a 3 por semana devido ao seu elevado teor em colesterol.

O consumo de leite e derivados é muito importante principalmente no terceiro trimestre, pois além das proteínas é fonte principal de cálcio, elemento essencial na formação óssea do bebé. Se não ingerir quantidades suficientes deste mineral o bebé irá buscá-lo às suas reservas e os seus ossos e dentes sairão enfraquecidos. Deve consumir no mínimo o equivalente a 500 ml de leite.

A fruta deve estar presente pois é uma importante fonte de vitaminas, essenciais para o correcto desenvolvimento do bebé. As hortaliças, as verduras e os tubérculos devem comer-se todos os dias pelo menos numa das duas principais refeições.

Alimentos a evitar:

– Os fritos em geral, os enchidos, a charcutaria e os molhos com muita gordura;

– Os doces, bolos, bombons são bombas calóricas que nem o seu corpo nem o bebé precisam;

– Os mariscos ou peixe crus e as carnes mal passadas ficam agora de lado até o seu bebé nascer;

– As bebidas gaseificadas e as leguminosas que aumentam o gás intestinal (feijão, grão, etc.).

– As bebidas com cafeína podem ser ingeridas pois está provado que em quantidades moderadas (o equivalente a 3 cafés por dia) não afectam a gravidez.

– O chá verde reduz a absorção de ferro pelo que deve evitá-lo;

– Bebidas alcoólicas

– Refrigerantes, mesmo os tabelados de « light»

– O amendoim é o único alimento que, a ser consumido frequentemente pela grávida, está comprovadamente relacionado com alergias alimentares na criança.